sexta-feira, 1 de junho de 2012
SGT. PEPPER'S PHOTO SESSION
No dia 30 de março de 1967, os Beatles posaram para a sessão fotográfica para a capa do álbum “Sgt. Pepper´s Lonely Hearts Club Band” no Chelsea Manor Studios em Londres. O fotógrafo foi Michael Cooper e a criação de Peter Blake. Link para a matéria sobre Blake do Baú do edu: http://obaudoedu.blogspot.com.br/2011/06/arte-magica-e-pop-de-peter-blake.html
MELANIE COE - SHE'S LEAVING HOME
No dia 17 de fevereiro de 1967, o Daily Mail publicou uma notícia sobre uma jovem que havia fugido de casa e seus pais que se mostraram muito contrariados. Paul McCartney viu o jornal nesse dia e achou que a história da menina fujona era um ótimo tema. E assim, ele criou a melodia e grande parte da letra que narra os passos da jovem que abandonava a casa dos pais. Quando mostrou para John Lennon, ele completou com o refrão simbolizando os pais da menina e idealizou o modo como ele deveria ser cantado: como um lamento. O coro da canção contraposto ao refrão cantado por John - com duplicação de voz (overdub) - cria um efeito mágico e impressionante. A gravação teve início no dia 17 de março de 1967 com seis tomadas, só participando a orquestra de cordas. O take 1 foi considerado o melhor. No dia 20 foram gravadas as vozes, o coro e o refrão. Nenhum dos Beatles tocou qualquer instrumento. Só as vozes de Paul McCartney e John Lennon. E a orquestra. A idéia de utilizá-la foi de Paul. Com a música na cabeça, ele pediu para George Martin, o produtor do disco em gestação e arranjador oficial dos Beatles. Sempre disponível em outras ocasiões, desta vez ele estava envolvido em outro trabalho já que era um produtor independente e não trabalhava só para os estúdios Abbey Road. Não tendo a paciência de esperar uns dias a mais, Paul procurou outro profissional a quem passou a tarefa de criar um arranjo para esta melodia. Este arranjador foi Mike Leander que realizou o trabalho. George Martin ficou magoado pela impaciência de Paul, mas mesmo assim foi ele quem coordenou a orquestra e realizou a gravação com ela. O nome da menina era, e ainda é Melanie Coe. Muitos consideram "She's Leaving Home", uma das músicas mais tristes dos Beatles.
“THE BEATLES - A HISTÓRIA POR TRÁS DE TODAS AS CANÇOES” – Steve Turner
SHE’S LEAVING HOME
Em fevereiro de 1967, Paul se deparou com um artigo de jornal sobre uma adolescente londrina de 17 anos que tinha sumido de casa fazia mais de uma semana. O pai, aflito, foi citado ao afirmar: "Não consigo imaginar por que ela fugiria. Ela tem tudo aqui". Adolescentes fugindo de casa eram o assunto do momento em 1967. Como parte da criação de uma sociedade alternativa, o guru da contraculturaTimothy Leary incitou seus seguidores a "desertarem", abandonarem a escolarização e o emprego formal. Como resultado, torrentes de jovens foram na direção de São Francisco, centro do Flower Power. O FBI anunciou 90 mil fugitivos naquele ano — um recorde.
Com apenas a matéria de jornal para se basear, Paul escreveu uma música comovente sobre uma jovem fugindo de uma casa claustrofobicamente respeitável em busca de diversão e romance nos agitados anos 1960. O que ele não sabia na época era o grau de exatidão dessa especulação. Ele também não fazia ideia de que tinha conhecido a garota em questão apenas três anos antes. A fugitiva da história era Melanie Coe, filha de John e Elsie Coe, que viviam em Stamford Hill, norte de Londres. As únicas diferenças entre a história dela e a cantada na música são que ela conheceu um homem em um cassino, em vez de "na loja de carros", e que ela saiu de casa de tarde, enquanto os pais estavam no trabalho, em vez de pela manhã enquanto dormiam. "O impressionante sobre a música era quanto ele acertou sobre a minha vida", diz Melanie. "Falava dos pais dizendo 'we gave her everything money could buy'z8, o que era verdade no meu caso. Eu tinha dois anéis de diamante, um casaco de pele, roupas de seda e cashmere feitas à mão e até um carro." Melanie continua: "Depois, havia um verso que falava 'after living alone for so many years'79, o que realmente me tocou porque eu era filha única e sempre me senti sozinlia. Nunca tive diálogo com nenhum dos meus pais. Era uma batalha constante. Eu saí porque não conseguia mais encará-los. Ouvi a música quando foi lançada e pensei que era sobre alguém como eu, mas nunca sonhei que na verdade fosse sobre mim. Eu me lembro de pensar que não tinha fugido com um homem do mercado de automóveis, então não podia ser eu! Eu devia estar na casa dos vinte quando minha mãe disse ter visto Paul na televisão, e ele tinha dito que a música era sobre uma matéria de jornal. Foi quando comecei a dizer aos meus amigos que era sobre mim". O caso de Melanie é exemplar do conflito de gerações do fim da década de 1960. Melanie desejava uma liberdade da qual tinha ouvido falar, mas que não tinha encontrado em casa. O pai dela, um executivo de sucesso, e a mãe, cabeleireira, tinham um casamento insosso e frágil. Eles não tinham religião, e as coisas mais importantes da vida eram respeitabilidade, asseio e dinheiro. "Minha mãe não gostava de nenhum dos meus amigos. Eu não podia levar ninguém para casa. Ela não gostava que eu saísse. Eu queria atuar, mas ela não me deixou ir para a escola de teatro. Ela queria que eu fosse dentista. Ela não gostava de como eu me vestia. Ela não queria que eu fizesse nada que eu queria. Meu pai era fraco. Ele acatava qualquer coisa que minha mãe dissesse, mesmo que discordasse", conta Melanie.
Foi através da música que Melanie encontrou consolo. Aos 13 anos, ela começou a frequentar os clubes do West End de Londres e, quando o lendário programa de televisão ao vivo Reaày Steaày Go! começou, no fim de 1963, ela se tornou uma dançarina regular nele. Os pais dela muitas vezes vasculhavam os clubes e a arrastavam de volta para casa. Se chegasse tarde, apanhava. "Quando saía, podia ser eu mesma. Aliás, nos clubes eu era encorajada a ser eu mesma e a me divertir. Dançar era a minha paixão. Eu era louca pela música da época e mal podia esperar até que o próximo single saísse. Quando a música diz 'Some-thing was denied'80, esse algo sou eu. Eu não podia ser eu. Eu estava procurando diversão e carinho. Minha mãe não era nada carinhosa. Ela nunca me beijava", Melanie conta.
Em 4 de outubro de 1963, Melanie ganhou um concurso de mímica no Ready Steady Go! Por coincidência, era a primeira vez que os Beatles estavam no programa, e ela recebeu o prémio das mãos de Paul McCartney. Cada um dos Beatles deu a ela uma mensagem autografada. "Passei o dia nos estúdios ensaiando, então estive perto dos Beatles a maior parte do tempo. Paul não estava a fim de muito papo, e John parecia distante, mas passei um tempo conversando com George e Ringo", ela conta.
Sair de casa levou Melanie aos braços de David, um crupiê que conheceu em um clube. Eles alugaram um apartamento em Sussex Gardens, perto da Paddington Station, e enquanto davam um passeio uma tarde viram a foto dela na primeira página de um jornal vespertino. "Voltei imediatamente para o apartamento e coloquei óculos escuros e um chapéu", ela conta. "A partir daquele momento, vivi com pavor de ser encontrada. Eles conseguiram me achar depois de uns dez dias, porque acho que deixei escapar onde meu namorado trabalhava. Falaram com o chefe dele, que me persuadiu a ligar para eles. Quando eles ligaram para ir me ver, me enfiaram na parte de trás do carro e me levaram para casa."
Para fugir dos pais, Melanie se casou aos 18 anos. O casamento não durou muito mais do que um ano, e, por volta dos 21, ela tinha se mudado para os EUA para viver em um ashram e tentar trabalhar como atriz. Hoje Melanie vive na Espanha com dois filhos e o namorado. Ela compra e vende jóias de Hollywood dos anos dourados. "Se eu fosse viver minha vida de novo, não escolheria fazer tudo igual. O que eu fiz foi muito perigoso, mas tive sorte. Acho que é bom ser imortalizada em uma música, mas teria sido ainda melhor se tivesse sido por ter feito alguma coisa, em vez de por ter fugido de casa", ela comenta.
THE BEATLES - A DAY IN THE LIFE
“Foi um grande momento. Paul e eu estávamos indiscutivelmente trabalhando juntos, em especial em “A Day In The Life”... Costumávamos compor da seguinte forma: um de nós escrevia a parte agradável, o trecho fácil, como, por exemplo, ‘hoje li os jornais’ ou qualquer coisa do gênero, e quando a coisa empacava ou ficava difícil, simplesmente punha a música de lado; Paul e eu, então, nos encontrávamos, eu cantava a metade que havia feito, ele se inspirava, escrevia a parte seguinte vice-versa. Ele não se sentia à vontade quando acrescentava algo, provavelmente por achar que a canção já estava boa. Algumas vezes, não permitíamos que um interferisse no trabalho do outro, pois há uma tendência de sermos descuidados quando se trata do projeto de outra pessoa, e nos propúnhamos a fazer experimentações. Então, certo dia, estávamos trabalhando na sala onde ficava o piano de Paul e ele perguntou, “O que você acha de fazermos isso?”. Sim, vamos em frente. Acho que Pepper foi um grande trabalho”. John Lennon
THE BEATLES - A DAY IN THE LIFE
Uma folha de papel na qual John Lennon escreveu a letra de "A Day in the Life", a famosa e censurada canção dos Beatles que foi incluída pela revista Rolling Stone entre as melhores músicas da história, foi vendido há poucos dias por US$ 1,2 milhão em um leilão em Nova York. O manuscrito foi comprado por um americano, que se comprometeu a pagar US$ 1.202.500 pela raridade em um leilão organizado pela Sotheby's, no qual também foi vendido por US$ 218.500 um conjunto de cartas do pintor surrealista René Magritte (1898-1967).
O milionário pedaço de folha de papel documenta a evolução de uma das canções mais famosas dos Beatles, da ideia original até a versão definitiva para sua gravação no estúdio. "A Day in the Life" é a última faixa do lendário álbum dos Beatles "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", que liderou durante 27 semanas as listas de sucessos no Reino Unido e se manteve durante 15 vezes como número um no ranking americano Billboard 200. O manuscrito, que foi avaliado em entre US$ 500 mil e US$ 700 mil, foi durante algum tempo propriedade de Mal Evans, agente responsável pelas turnês dos Beatles. Evans participou do processo de gravação da música, desde marcando os compassos em voz alta, até fazendo soar o despertador que pode ser escutado em seu início.
Para compor a canção, Lennon se inspirou na morte, em um acidente de trânsito, do irlandês Tara Browne, herdeiro do grupo Guinness e amigo do vocalista e de Paul McCartney. Supostamente, a frase "he blew his mind out in a car" da canção refere-se às circunstâncias da morte de Browne. Essa é a versão que Lennon e McCartney sempre defenderam, mas também se especulou muito sobre uma possível alusão ao consumo de drogas. As mesmas alusões também são atribuídas a outros versos da canção, como o que diz "found my way upstairs and had a smoke / and somebody spoke and I went into a dream" ("me encontrei subindo as escadas e fumei / e alguém falou e eu entrei em um sonho"). "A Day in the Life" gerou controvérsias desde seu lançamento, no dia 1º de junho de 1967, já que a "BBC" a censurou no mesmo dia. Assim, se tornou a primeira canção a ser censurada na história da rádio britânica e chegou a não ser incluída no disco quando ele começou a ser vendido em alguns países asiáticos.
O milionário pedaço de folha de papel documenta a evolução de uma das canções mais famosas dos Beatles, da ideia original até a versão definitiva para sua gravação no estúdio. "A Day in the Life" é a última faixa do lendário álbum dos Beatles "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", que liderou durante 27 semanas as listas de sucessos no Reino Unido e se manteve durante 15 vezes como número um no ranking americano Billboard 200. O manuscrito, que foi avaliado em entre US$ 500 mil e US$ 700 mil, foi durante algum tempo propriedade de Mal Evans, agente responsável pelas turnês dos Beatles. Evans participou do processo de gravação da música, desde marcando os compassos em voz alta, até fazendo soar o despertador que pode ser escutado em seu início.
Para compor a canção, Lennon se inspirou na morte, em um acidente de trânsito, do irlandês Tara Browne, herdeiro do grupo Guinness e amigo do vocalista e de Paul McCartney. Supostamente, a frase "he blew his mind out in a car" da canção refere-se às circunstâncias da morte de Browne. Essa é a versão que Lennon e McCartney sempre defenderam, mas também se especulou muito sobre uma possível alusão ao consumo de drogas. As mesmas alusões também são atribuídas a outros versos da canção, como o que diz "found my way upstairs and had a smoke / and somebody spoke and I went into a dream" ("me encontrei subindo as escadas e fumei / e alguém falou e eu entrei em um sonho"). "A Day in the Life" gerou controvérsias desde seu lançamento, no dia 1º de junho de 1967, já que a "BBC" a censurou no mesmo dia. Assim, se tornou a primeira canção a ser censurada na história da rádio britânica e chegou a não ser incluída no disco quando ele começou a ser vendido em alguns países asiáticos.
THE BEATLES - LUCY IN THE SKY WITH DIAMONDS 2012
"Lucy in the Sky with Diamonds" é o título de uma canção composta e gravada pelos Beatles em 1967, e faz parte do oitavo álbum da banda, Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band. Composta principalmente por John Lennon com grande participação de Paul McCartney, a canção gerou controvérsia por seu título, que foi interpretado como uma possível alusão ao LSD.
A inspiração de Lennon para a música veio quando seu filho, Julian, mostrou-lhe um desenho feito por ele na escola que chamou de "Lucy - no céu com diamantes", descrevendo sua colega, Lucy O'Donnell. Lucy (agora) Vodden , em uma entrevista à rádio BBC em 2007, disse: "Eu me lembro de Julian e eu fazendo fotos, jogando tinta um no outro, para o horror da atendente da sala de aula ... Julian pintou um desenho e naquele dia especial, seu pai apareceu com o motorista para pegá-lo da escola". Lennon disse que ficou surpreso com a idéia de que o título da música era uma referência oculta para LSD.
Lucy Vodden, apesar de ter sido a fonte de inspiração para uma das canções históricas dos Beatles, contou ao jornal The Guardian, em 2009, que não se relaciona com o tema: "Esse tipo de música não tem muito a ver comigo."
Em 1974, Elton John lançou uma versão cover de "Lucy in the Sky with Diamonds" como single. A gravação em Caribou Ranch , apresentava backing vocals e guitarra por John Lennon sob o pseudônimo Dr. Winston O'Boogie. O single chegou ao topo das paradas da Billboard nos EUA e ficou por duas semanas em janeiro de 1975, assim como no Canadá. O lado B também foi uma composição de John Lennon, "One Day (At a Time)", gravada por ele no álbum Mind Games. Durante sua colaboração, Elton John apareceu na canção de John Lennon "Whatever Gets You Through the Night ". Em troca, Lennon prometeu que apareceria ao vivo com John no Madison Square Garden, se "Whatever Gets You Through the Night" chegasse ao número um. Ele sabia que tinha chances. Assim, na noite de ação de graças em 28 de novembro de 1974, Lennon cumpriu sua promessa. Eles tocaram "Lucy in the Sky with Diamonds", "Whatever Gets You Through the Night" e uma versão absolutamente incendiária de "I Saw Her Standing There ". Pena não ter um vídeo bacana. Curiosidades: A cover gravada por Elton John de “Lucy In The Sky With Diamonds” foi a única cover de uma canção dos Beatles a chegar ao Nº 1 da Billboad. Foi nos bastidores desse show que John e Yoko se reconciliaram. Elton John é padrinho de Sean Lennon.
A seguir, a gente confere o capítulo sobre "Lucy in the Sky with Diamonds" do livro “"The Beatles: A História por Trás de Todas as Canções" de Steve Turner – 2009 – Ed. Cosac Naify – Ainda em catálogo – 49 pilas - Saraiva
LUCY IN THE SKY WITH DIAMONDS
Uma tarde, no começo de 1967, Julian Lennon voltou do jardim de infância para casa trazendo nas mãos um desenho colorido da sua coleguinha, Lucy O'Donnell, de quatro anos. Ao explicar a obra de arte ao pai, Julian disse que era Lucy "no céu com diamantes". Essa frase impressionou John e deu início às associações que levaram à composição da onírica "Lucy In The Sky With Diamonds", uma das três faixas de Sgt Pepper que supostamente "falavam de drogas". Apesar de ser improvável que John tivesse escrito essa fantasia sem nunca ter experimentado alucinógenos, a música foi igualmente afetada pelo seu amor pelo surrealismo, pelos jogos de palavras e pela obra de Lewis Carroll. Logo que se apontou que as iniciais da canção formavam a sigla LSD parecia estar comprovado que a música era a descrição de uma viagem provocada por ácido lisérgico. Ainda assim, John negou isso veementemente, tanto em público quanto em particular, mesmo nunca tendo hesitado em discutir músicas que de fato faziam referência às drogas. Ele insistia que o título tinha vindo do que Julian dissera sobre a sua pintura. O próprio Julian recorda: "Não sei por que eu dei aquele nome nem por que se destacou entre todos os meus outros desenhos, mas eu obviamente gostava muito de Lucy. Eu mostrava tudo o que fazia ou pintava na escola ao meu pai, e esse desenho levou à ideia de uma música sobre Lucy no céu com diamantes". Lucy O'Donnell (que atualmente é professora de crianças com necessidades especiais) vivia perto da família Lennon, em Weybridge, e ela e Julian eram alunos da Heath House, um jardim de infância administrado por duas senhoras em uma construção eduardiana. "Eu me lembro de Julian na escola", conta Lucy, que só soube aos 13 anos que havia sido imortalizada por uma canção dos Beatles. "Eu me lembro bem dele. Posso ver seu rosto claramente... nós costumávamos sentar lado a lado naquelas carteiras bem antigas. A casa era enorme, e havia cortinas pesadas para dividir as salas. Pelo que me disseram Julian e eu éramos duas pestes."John afirmou que as imagens de alucinações na canção tinham sido inspiradas pelo capítulo "Lã e água" de Através do espelho, de Lewis Carroll, em que Alice é levada rio abaixo em um barco a remo pela Rainha, que de repente se transforma em um carneiro. Quando criança, Alice no País das Maravilhas e Através do espelho eram dois dos livros favoritos de John. Em uma entrevista de 1965, ele afirmou que quando criança os relia uma vez por ano. Em outra ocasião, ele declarou que, em parte, foi graças à leitura que ele percebeu que as imagens em sua cabeça não eram indícios de insanidade. "Surrealismo para mim é realidade", ele afirmou. "A visão psicodélica é realidade para mim e sempre foi."Pelos mesmos motivos, John adorava The Goon Show, programa de rádio britânico com Spike Milligan, Harry Secombe e Peter Sellers transmitido pela BBC entre junho de 1952 e janeiro de 1960. Os roteiros de The Goon Show, escritos principalmente por Milligan, satirizavam figuras do establishment, atacavam o conservadorismo do pós-guerra e popularizavam um humor bem nonsense. A famosa excentricidade de John devia muito aos Goons. Ele disse a Spike Milligan que "Lucy In The Sky With Diamonds" e diversas outras canções tinham sido parcialmente inspiradas em diálogos do The Goon Show. "Nós costumávamos conversar sobre 'plasticine ties' no The Goon Show, que entrou furtivamente em Lucy como 'plasticine porters with looking glass ties'75," conta Milligan, que, sendo amigo de George Martin, assistiu a algumas gravações de Sgt Pepper. "Eu conhecia bem Lennon. Ele costumava falar muito sobre comédia. Ele era maníaco pelo Goon Show. Tudo mudou quando ele se casou com Yoko Ono. Tudo parou. Ele nunca mais perguntou de mim."Quando Paul chegou a Weybridge para trabalhar na música, John só tinha o primeiro verso e o refrão. De resto, só algumas frases e versos e imagens trocadas. Paul inventou "newspaper taxis" e "cellophane flowers", e John, "kaleidoscope eyes" 76.
LUCY, AGORA NO CÉU COM DIAMANTES publicada em 28 de setembro de 2009
Lucy Vodden, a mulher que inspirou a música dos Beatles Lucy in the Sky with Diamonds, morreu em Londres aos 46 anos, em decorrência do lúpus, informou nessa segunda-feira (28) o hospital St. Thomas, onde ela se tratava, segundo a agência AP. Ela lutava há anos contra a doença, na qual o sistema imunológico ataca os tecidos do corpo. A relação de Lucy com os Beatles vem da sua infância, quando fez amizade com Julian Lennon, filho de John Lennon, seu companheiro de escola. Aos quatro anos, Julian mostrou a seu pai um desenho que fez na escola e disse que se tratava de "Lucy no céu com diamantes" (em inglês: "Lucy in the sky with diamonds"). A canção foi analisada como uma referência ao LSD, mas Lennon sempre afirmou que a frase veio de seu filho, não das iniciais do nome da droga. Lucy e Julian perderam o contato depois que ele deixou a escola. Mas, voltaram a ser ver nos últimos anos, quando o rapaz tentou ajudá-la a lidar com a doença.
Esse outro vídeo, é dos créditos do filme "Across The Universe", que já apareceu por aqui e os links para download dos dois álbuns da trilha ainda estão bons. Para quem quiser conferir: http://obaudoedu.blogspot.com/2011/04/retro-do-bau-across-universe-o-filme.html
CHEAP TRICK - SGT. PEPPER'S LIVE
O ‘Cheap Trick’ é uma banda de Rockford, Illinois, formada em 1974, por Robin Zander (vocal e guitarra), Rick Nielsen (guitarra, backing vocal), Tom Petersson (baixo elétrico, backing vocals), e Bun E. Carlos (bateria, percussão). Tiveram vários altos e baixos momentos na carreira, talvez mais baixos, do que altos, mas sempre tentaram ser honestos. 2009 foi um ano movimentado para eles. Primeiro, lançaram o bom disco “The Latest”. Depois, apareceram com esse tributo ao álbum mais influente e inovador da história: Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, dos Beatles. A homenagem foi durante um evento beneficente para a Michael Milken's Prostate Cancer Foundation. Quem conhece um pouco sobre o grupo sabe que os Beatles sempre foram suas maiores influências, além do envolvimento direto de Rick Nielsen com a carreira-solo de John Lennon (na faixa I’m Losing You) - e o fato da banda ter trabalhado com George Martin e Geoff Emerick, produtor e engenheiro de som de “Sgt. Peppers...”, respectivamente no disco “All Shook Up”, de 1980. Aliás, Geoff reaparece aqui, dessa vez ocupando a cadeira que foi de Martin no original. Não espere nada de novo nem muito diferente, até porque não era essa a idéia do quarteto de qualquer maneira. O CHEAP TRICK, vários convidados especiais e uma orquestra tocaram na íntegra o "Sgt. Pepper´s Lonely Hearts Club Band". Além do álbum clássico, outras canções dos Beatles também foram tocadas nos shows como 'Magical Mystery Tour', 'Strawberry Fields Forever' (com Ian Ball of Gomez), 'Norwegian Wood' (com Rob Laufer) e 'Eleanor Rigby'.
DOWNLOAD:
Aqui, a gente relembra um dos grandes pontos altos da carreira da banda com o megasucesso “She’s is Tight” de 1982. Abração!
SGT. PEPPER'S - O PIOR FILME DE TODOS OS TEMPOS!
O empresário da música, produtor de discos e filmes, Robert Stigwood – hoje com 75 anos de idade – tem muito a ver com os Beatles. A história começa assim: nos anos 60, ainda jovem foi assistente de Brian Epstein (1934-1967). Nos anos 70, Stigwood tornou-se bem estabelecido como produtor de discos que se aventurava pelo cinema. Fez de um filme modesto e de temática social - uma explosão de bilheteria graças à trilha dos Bee Gees: “Embalos de Sábado à Noite” (1977). Filme e trilha arrecadaram milhões e milhões. Robert Stigwood foi além. Transformou um musical da Broadway em outro produto cultuado: “Grease – Nos Tempos da Brilhantina”. (1978). E ousou. Os filmes ainda estavam em fase final de produção e ele teve uma idéia genial: transformar um ícone dos Beatles – o álbum “Sargent Pepper´s Lonely Heart Club Band” – em filme. Imaginou ganhar uma montanha de dinheiro, é claro. Stigwood chamou os Bee Gees, Peter Frampton, a banda Earth, Wind and Fire, Alice Cooper e até o Aerosmith. E ainda apareciam em pontinhas Etta James, Johnny Rivers (sim, ele mesmo), Wilson Pickett e Minnie Riperton.
Tudo parecia dar certo. Mesclou músicas também do álbum “Abbey Road”. A receita parecia ideal. Nesse meio tempo, o filme “Embalos de Sábado à Noite” explodiu nas bilheterias e a trilha dos Bee Gees mais ainda. A banda pressentiu que estava numa canoa furada. Mesmo baseado no álbum mais bem sucedido dos Beatles, o filme desandava visivelmente nas gravações. Para piorar, o produtor Stigwood quis tirar o foco de Peter Frampton, que fazia o papel principal de Billy Shears. E é claro passar os holofotes para os Bee Gees, que faziam o papel dos irmãos Henderson. Os Bee Gees recusaram. Queriam na verdade sair do filme. Mas o contrato obrigou-os a terminá-lo. Restou rezar para que o dano fosse o mínimo possivel, pois o sanduíche musical ficou realmente indigesto antes de o público consumí-lo. Realmente, o filme é tão ruim, que tem gente que nem se lembra que ele foi feito. O produtor, diretor e atores preferem esquecê-lo… E realmente, até mesmo o fracasso nas bilheterias do mundo parece esquecido.
Ninguém se lembra que aparecia no filme um então jovem ator novato chamado Steve Martin. Sim, o talentoso comediante. Mesmo alguém que viu o filme nem passa pela cabeça que George Harrison, Paul McCartney e Linda McCartney estão lá numa aparição relâmpago. Até Tina Turner aparece no filme. O resultado? Um dos piores filmes da história do cinema. E não se inclui nem mesmo entre aqueles de tão ruins que é bom de assistir para dar boas risadas. O filme “Sargent Pepper´s Lonely Heart Club Band” não tem nada a ver com o memorável álbum dos Beatles (a não ser as músicas).
O fracasso retumbante de “Sargent Pepper´s” no mundo fez com que Robert Stigwood deixasse meio de lado o genero musical-filme e produzisse aventura, drama de guerra. Ainda tentou “Grease 2″ e “Staying Alive – Embalos 2″, ambos de 1982 e continuações dos dois sucessos seus, mas sem obter a mesma explosão de bilheteria. Em 1995, Stigwood foi um dos produtores de “Evita”. Mas seu nome jamais foi associado a um sucesso. Hoje, ele está semi-aposentado. E deve dar graças ao fato de o público ter se esquecido do fracasso de “Sargent Pepper´s”, o filme. Aliás, o DVD virou raridade.
VOCÊS CONHECEM O "BIG DADDY"?
Este disco é simplesmente demais! Todas as músicas do Sgt. Pepper's, no estilo dos anos 50 e início dos 60. O grupo Big Daddy regravou Sgt. Pepper's na íntegra, transformando o clássico dos Beatles no melhor álbum de rockabilly dos anos cinqüenta. "Big Daddy" foi uma banda paródia-sátira americana, que recriou alguns álbuns clássicos dos anos 60 e 70. A banda utilizou elementos sonoros do pop dos anos 50 e início dos 60 para recriar, na mesma seqüência do original, as canções do álbum dos Beatles. Para completar a brincadeira, a capa, claro, não poderia ser outra. Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band foi seu trabalho de 1992. Aqui, eles aceitaram o desafio de gravar cada faixa do álbum clássico dos Beatles à sua própria maneira, ou seja, fazê-las soar como no estilo dos anos 50 e início dos anos 60. "With a Little Help From My Friends", ganhou aqui uma nítida influência de Johnny Mathis. E se Jerry Lee Lewis fizesse sua própria versão de "Lucy in the Sky with Diamonds"? Bem, certamente seria um rock matador! "The Benefit of Mr. Kite" ficou no estilo "Palisades Park" de Freddy "Boom Boom" Cannon. "When I'm Sixty-Four", virou uma canção-homenagem ao "Sixty Minute Man" original de 1951. E "A Day in the Life ", um óbvio e excelente paralelo com Buddy Holly "Oh Boy". Enfim, é um disco no mínimo curioso para fãs incondicionais da banda de Liverpool. Eu gosto. E vocês?
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